A investigação, que utilizou biomarcadores sanguíneos, sugere que o excesso de peso pode aumentar o risco de progressão da doença num terço.
Apresentado na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte, o estudo acompanhou 407 participantes durante cinco anos, analisando os seus exames de sangue.
Segundo Cyrus Raji, um dos autores do estudo, "é a primeira vez que demonstramos a relação entre obesidade e Alzheimer medida através de biomarcadores sanguíneos". Esta metodologia é apontada como um complemento útil e potencialmente mais sensível do que os exames cerebrais por PET para monitorizar o impacto de fatores de risco na progressão da doença. A obesidade junta-se assim a outros fatores de risco modificáveis já conhecidos para a doença de Alzheimer, como a hipertensão, a diabetes tipo 2 e a inatividade física. Com a demência a afetar cerca de 57 milhões de pessoas em todo o mundo, a identificação e gestão de fatores de risco que podem ser controlados é uma prioridade de saúde pública.
Os resultados reforçam a crescente evidência da forte ligação entre a saúde metabólica e a saúde cerebral.
A descoberta sugere que a manutenção de um peso saudável durante a meia-idade pode ser uma estratégia crucial para mitigar o risco, atrasar o aparecimento ou abrandar a progressão da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência.








