O projeto SELECT, de Juan Gallego, a ser desenvolvido na Fundação Champalimaud com 2,1 milhões de euros, pretende desvendar como o cérebro aprende e adapta movimentos especializados.
A equipa irá registar e manipular múltiplas áreas cerebrais em simultâneo em ratinhos, enquanto estes aprendem tarefas complexas em realidade virtual, com o objetivo de mapear a evolução do controlo motor e, potencialmente, informar novas terapias para doenças como AVC ou Parkinson.
Por sua vez, o projeto DAEDALUS, de Ricardo Araújo, no Instituto Superior Técnico, receberá 2 milhões de euros para investigar a origem da endotermia (a capacidade de manter uma temperatura corporal estável) na linhagem dos dinossauros. A abordagem inovadora utilizará a anatomia do ouvido interno fossilizado para estimar a temperatura corporal de animais extintos.
Ricardo Araújo compara o desafio a “tentar adivinhar a velocidade máxima de um carro antigo apenas olhando para a sua carcaça enferrujada”, explicando que o projeto visa “reconstruir o motor”.
As bolsas Consolidator do ERC são extremamente competitivas e destinam-se a investigadores em meio de carreira para consolidarem as suas equipas e linhas de investigação ambiciosas.









