O estudo visa compreender os mecanismos que impedem a regeneração do cérebro e identificar potenciais biomarcadores para um diagnóstico precoce.

O projeto, intitulado “From Mechanism to Biomarker: Redox Control of Stress Granules as a Neuroregenerative Driver in Alzheimer’s Disease”, procura aprofundar a compreensão de por que razão a neurogénese adulta é tão limitada.

A investigadora principal, Sónia Simão, explica que, embora existam “reservatórios” de células estaminais neurais no cérebro adulto, estas permanecem maioritariamente “adormecidas”, incapazes de gerar novos neurónios em contextos de doença neurodegenerativa. A investigação foca-se nos fatores que contribuem para esta dormência, com o objetivo de abrir “caminho a estratégias que visem a eliminação ou modulação de determinadas estruturas, com vista a potenciar a formação de novos neurónios nas regiões afetadas”.

O estudo tem uma forte ambição translacional, procurando “estabelecer uma ponte entre a ciência básica e a ciência aplicada”.

Numa primeira fase, serão usados modelos celulares para identificar fatores associados à dormência das células estaminais.

Se estes fatores se confirmarem, poderão servir como marcadores de dano neuronal precoce. A segunda fase envolverá a análise de amostras biológicas de doentes para avaliar o seu potencial como biomarcadores, com o objetivo final de desenvolver uma ferramenta de monitorização e diagnóstico precoce da doença de Alzheimer.