As provas incluem fragmentos de argila aquecida, pequenos machados de sílex com sinais de fratura por calor e, crucialmente, dois pedaços de pirite de ferro. A análise laboratorial, que demorou quatro anos, demonstrou que a argila foi submetida a temperaturas superiores a 700 graus Celsius em mais do que uma ocasião, o que sugere a existência de uma fogueira intencional, usada repetidamente, e não de um incêndio natural. A presença da pirite é particularmente significativa; sendo rara no local, indica que os humanos antigos a transportaram de outras áreas, demonstrando um conhecimento avançado das suas propriedades para criar faíscas e iniciar chamas.

Nick Ashton, curador do Museu Britânico e principal coautor do estudo, descreveu a descoberta como “a mais extraordinária” da sua carreira.

O domínio do fogo foi um ponto de viragem, fornecendo calor, proteção, permitindo cozinhar alimentos – o que impulsionou o desenvolvimento cerebral – e fomentando estruturas sociais mais complexas.