Esta abordagem inovadora promete tornar a agricultura mais sustentável, reduzindo o desperdício de fertilizantes.
Tradicionalmente, os biofertilizantes são aplicados no solo, onde uma parte significativa se perde devido à competição com outros microrganismos e a condições ambientais adversas.
A nova tecnologia contorna este problema ao introduzir os microrganismos benéficos, como bactérias ou fungos, diretamente nas folhas ou caules das plantas.
As microagulhas, feitas de um polímero biodegradável, dissolvem-se em cerca de um minuto após a aplicação, libertando os agentes fertilizantes sem causar danos significativos à planta.
O líder do estudo, Andy Tay, explicou a inspiração por trás do método: “Inspirámo-nos na forma como os microrganismos se deslocam no corpo humano e colocámos a hipótese de que, ao entregar microrganismos benéficos diretamente nos tecidos da planta, estes poderiam chegar às raízes e funcionar de forma muito mais eficaz”. Em testes realizados em estufa, culturas de folhas verdes tratadas com esta tecnologia cresceram mais depressa e necessitaram de cerca de 15% menos biofertilizante do que as tratadas com métodos convencionais. Publicado na revista Advanced Functional Materials, o estudo introduz o conceito de “biofertilizante por microagulha” e aponta para aplicações práticas em agricultura urbana e culturas de elevado valor, com potencial para integração em sistemas agrícolas automatizados.












