O dente, pertencente a um mosassauro do grupo Prognathodontini, foi encontrado num depósito fluvial, juntamente com fósseis de um Tyrannosaurus rex e de um crocodilo.
A sua localização, numa zona ribeirinha que outrora esteve ligada ao Mar Interior Ocidental, levantou questões sobre como teria chegado ali.
Crucialmente, o dente não apresentava sinais de transporte, o que indica que o animal viveu e morreu perto daquele local.
Para confirmar esta hipótese, os investigadores analisaram os isótopos de oxigénio e estrôncio no esmalte do dente. Os resultados revelaram assinaturas isotópicas consistentes com um ambiente de água doce, sugerindo que a dieta do mosassauro incluía presas de rio. Análises adicionais de outros fósseis da região corroboraram esta ideia, mostrando que animais que respiravam por pulmões, como os mosassauros, habitavam a camada superior de água doce que se formou sobre a água mais salgada do antigo mar. Esta descoberta não só expande o nosso conhecimento sobre o habitat e o comportamento dos mosassauros, adaptados a ambientes fluviais no último milhão de anos da sua existência, como também fornece novas pistas sobre as condições ambientais da Terra no final do período Cretácico.












