O projeto, intitulado "The neuroevolution of collaborative decision-making in robotic assistants", foi distinguido com o "Best Innovation in HRI NeuroDesign Award" na conferência internacional IEEE RO-MAN.
A abordagem de João Gaspar Cunha diferencia-se da programação direta, optando por um sistema onde o "cérebro" do robô evolui através da seleção progressiva das arquiteturas internas mais eficazes para a colaboração.
"No início, são geradas estruturas simples e pouco funcionais, que vão sendo refinadas ao longo do processo evolutivo até emergirem comportamentos colaborativos e complementares que pretendemos", explicou o investigador.
Desta forma, o robô aprende autonomamente quando deve agir, quando deve complementar a ação humana ou quando deve permanecer inativo, resultando numa colaboração mais fluida e intuitiva.
A investigação, desenvolvida no Laboratório de Robótica Móvel e Antropomórfica (MARLAB) do Centro Algoritmi, combina princípios de neuroevolução e da teoria de campos dinâmicos neuronais. O objetivo final é criar uma nova geração de parceiros robóticos neuroadaptativos, capazes de interpretar contextos e ajustar o seu comportamento de forma semelhante à humana.
O prémio, conquistado entre 15 finalistas de vários países, reconhece o potencial desta metodologia para o futuro da interação humano-robô.









