A sua presença num ambiente de rio, longe do antigo mar Interior Ocidental, intrigou os paleontólogos. Uma equipa internacional liderada pela Universidade de Uppsala, na Suécia, analisou a composição química do esmalte do dente, medindo os isótopos de oxigénio e estrôncio.

Os resultados revelaram assinaturas consistentes com um ambiente de água doce, sugerindo que o animal viveu e morreu no rio. Melanie During, autora do estudo, afirmou que os isótopos de carbono no dente também indicam que o animal "não mergulhava fundo e pode, por vezes, ter-se alimentado de dinossauros afogados". A equipa teoriza que, no final do Cretácico, o influxo de água doce no mar Interior Ocidental criou uma "haloclina", uma camada de água doce à superfície sobre a água salgada mais densa. Os mosassauros, que precisavam de vir à superfície para respirar, teriam habitado esta camada superior de água doce.

Esta adaptação a ambientes fluviais mostra a versatilidade destes grandes predadores no último milhão de anos antes da sua extinção.