Numa carta aberta dirigida à administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra, os médicos expressam profunda preocupação com a "perda de capacitação do Serviço", a rotatividade excessiva e a "mobilização forçada de profissionais para este novo polo [Hospital de Sintra], sem informação prévia, sem negociação e sem garantir a manutenção dos cuidados mínimos no hospital de origem". Os clínicos criticam um modelo de funcionamento que consideram "perverso", abominando o "conceito de 'médicos de fim de semana', que desempenham turnos de forma isolada, sem capacidade de integração ou responsabilização". Em resposta, a administração da ULS, liderada por Carlos Sá, reconheceu a necessidade de diálogo e anunciou que irá reunir-se individualmente com cada médico para "encontrar soluções". A administração informou ainda a contratação de 63 novos médicos para a área hospitalar e o reforço do novo Hospital de Sintra. A OM, por sua vez, alertou que a equipa "tem que ser tratada com muitas cautelas, para que as pessoas não acabem por desistir de trabalhar no hospital".

Médicos do Amadora-Sintra ameaçam deixar a urgência do hospital