Desde 2023 até ao primeiro semestre de 2025, a GNR registou 436 crimes desta natureza, com maior incidência nos distritos de Faro (95), Porto (79) e Braga (70). O ‘modus operandi’ mais comum envolve a publicação de anúncios de imóveis a preços apelativos em websites de grande visibilidade, muitas vezes com fotografias de casas reais, mas com informações de arrendamento falsas. As vítimas, atraídas pelos preços baixos, contactam o anunciante e são instruídas a pagar um “sinal” para garantir a reserva. Posteriormente, descobrem que foram burladas quando o contacto deixa de estar ativo ou quando chegam ao local e a casa não existe ou não está para alugar. A GNR e a PSP, que juntas contabilizaram mais de 4.000 casos desde 2023, alertam que os esquemas estão cada vez mais sofisticados. Para prevenir estas situações, a GNR aconselha os cidadãos a desconfiar de ofertas muito vantajosas, a solicitar uma visita presencial sempre que possível, a pesquisar o imóvel em várias plataformas para detetar inconsistências e a confirmar se o titular da conta bancária para o pagamento corresponde ao nome do proprietário.