O incêndio, que teve início no sábado à noite na freguesia do Lindoso, evoluiu de forma desfavorável devido às condições meteorológicas adversas, caracterizadas por temperaturas elevadas e vento forte, que dificultaram significativamente as operações de combate. O presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, descreveu o cenário como "o inferno na Terra", destacando a rápida propagação das chamas e os "muitos reacendimentos" que complicaram os esforços. Várias povoações, como Ermida, Parada, Cidadelhe e Froufe, estiveram na linha de fogo, obrigando a uma concentração de meios para a proteção de habitações e bens. O fogo causou prejuízos elevados, consumindo anexos, alfaias agrícolas e matando gado. A complexidade do combate foi acentuada pela orografia do terreno, que exigiu uma estratégia de combate apeado combinada com o uso intensivo de meios aéreos. A operação de socorro foi ainda marcada por um acidente com um camião dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Tazem na A3, que se deslocava para reforçar o dispositivo e do qual resultaram cinco feridos ligeiros. A dimensão do incêndio e o fumo intenso levaram a Proteção Civil a emitir recomendações à população de concelhos vizinhos, como Braga, para evitar atividades ao ar livre.

Incêndios: “Muitos reacendimentos” complicam combate ao fogo em Ponte da Barca