Convocada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e pelo Sindicato dos Transportes (ST), a paralisação, que se iniciou a 25 de julho, foi a primeira de uma série de cinco greves de quatro dias agendadas para os fins de semana até ao início de setembro. O Aeroporto de Lisboa foi o mais afetado, com a ANA – Aeroportos de Portugal a reportar o cancelamento de dezenas de voos, entre chegadas e partidas, e múltiplos atrasos. Pela primeira vez em pelo menos dez anos, a greve teve também adesão no Aeroporto do Porto. Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão o fim de salários base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento das horas noturnas e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento. Perante os transtornos, a plataforma de direitos dos passageiros aéreos AirAdvisor esclareceu que, embora a legislação não preveja indemnizações por atrasos ou cancelamentos em caso de greve, as companhias aéreas mantêm a responsabilidade de prestar assistência aos viajantes, incluindo a remarcação de bilhetes e o custeio de refeições ou alojamento. Foi ainda reforçado que os passageiros têm direito a compensação por bagagem extraviada, que pode atingir até 1.920 euros.

Greve nos aeroportos de Portugal: Passageiros afetados podem pedir indemnização por bagagem extraviada e remarcar voos