O IPMA previu que as temperaturas poderiam ultrapassar os 40 graus Celsius em algumas regiões, com Setúbal a registar os valores mais altos. A situação foi causada por uma massa de ar quente de origem africana, bloqueada por um anticiclone, que impediu a entrada de ar mais fresco. A persistência de noites tropicais, com mínimas acima dos 20 °C, agravou o desconforto térmico e o risco para grupos vulneráveis como idosos, crianças e doentes crónicos. Em resposta, a Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu recomendações à população, aconselhando a evitar a exposição solar nas horas de maior calor, a manter a hidratação e a procurar ambientes frescos. O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, indica uma situação de risco para determinadas atividades dependentes das condições meteorológicas. A conjugação de calor, vento e baixa humidade levou a que a maioria dos concelhos do interior norte, centro e Algarve fossem colocados em perigo máximo ou muito elevado de incêndio rural, um alerta que se estendeu por vários dias e coincidiu com a deflagração de múltiplos incêndios graves pelo país.

Onda de calor prolonga-se até agosto e intensifica-se: persistência de máximas próximas de 40 °C em Portugal Continental