Direção-Geral da Saúde emite recomendações para proteção contra o fumo dos incêndios

Face à vaga de incêndios que assolou o país e ao consequente aumento da exposição da população ao fumo, a Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu um conjunto de recomendações e alertas de saúde pública. As orientações visaram proteger os cidadãos dos perigos da inalação de fumo, que pode provocar danos nas vias respiratórias por queimadura ou pela toxicidade dos seus componentes químicos.

A DGS aconselhou a população a evitar a exposição ao fumo, recomendando que as pessoas se mantenham dentro de casa com portas e janelas fechadas, utilizando ar condicionado no modo de recirculação de ar, se possível. Foi também desaconselhado o uso de fontes de combustão internas, como aparelhos a gás ou velas, e a realização de atividades no exterior. Para situações de exposição inevitável, a autoridade de saúde recomendou o uso de máscara ou respirador (N95). Foi dado um enfoque especial aos grupos mais vulneráveis, como doentes com asma ou doença pulmonar obstrutiva crónica, a quem foi aconselhado manter a medicação habitual e seguir as indicações médicas. A DGS aproveitou ainda para desmistificar a crença popular de que ingerir leite ajuda em caso de intoxicação por fumo, afirmando que "não vem descrito em artigos científicos a sua utilidade. O leite não é um antídoto do monóxido de carbono". Em caso de sintomas como queimaduras faciais, dificuldade respiratória ou alteração do estado de consciência, a recomendação foi ligar para a linha SNS24 ou, em emergência, para o 112.

Em resumo

A DGS emitiu um alerta de saúde pública crucial com recomendações claras para a proteção contra a inalação de fumo dos incêndios. Estas orientações, focadas na prevenção e na ação em caso de exposição, foram essenciais para mitigar os riscos para a saúde da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis, num período de elevada incidência de fogos rurais.