A ocorrência, que se iniciou na freguesia de Alvarenga, rapidamente ganhou contornos preocupantes devido ao vento forte e aos terrenos de difícil acesso, tornando-se no incêndio que mais meios mobilizou a nível nacional, com mais de 780 operacionais no terreno. A presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, confirmou que só no seu concelho arderam cerca de 4.000 hectares, resultando em “muitos danos em habitações” secundárias e anexos agrícolas, embora sem registo de casas de primeira habitação destruídas. A situação levou à ativação dos Planos Municipais de Emergência e Proteção Civil em Arouca e Castelo de Paiva. Como medida de precaução, a aldeia de Fornos de Carvão foi evacuada durante a noite e a população de Vila Viçosa foi confinada. O fogo atingiu também parte dos Passadiços do Paiva e da Ponte 516 Arouca, que foram temporariamente encerrados ao público. O comandante das operações, Hélder Silva, descreveu o incêndio como “enorme” e “muito demorado”, destacando que a principal dificuldade era o acesso ao terreno. “Não há neste momento casas em risco, mas os terrenos e os acessos são muito difíceis. Pode haver ventos que façam com que o incêndio progrida para habitações”, alertou. A resposta ao fogo envolveu um vasto contingente de bombeiros de várias corporações, sapadores florestais e meios aéreos, que enfrentaram condições extremas de combate.