A greve abrange todos os profissionais do SNS na região e visa exigir medidas governamentais para a fixação de trabalhadores. André Gomes, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, declarou que “os utentes precisam é de médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes técnicos”, criticando o que considera ser “maquilhagem” para os problemas estruturais. A falta de habitação a preços acessíveis é um dos principais entraves à fixação de profissionais. Alda Pereira, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, estima que faltem cerca de 1.500 enfermeiros na região, descrevendo a situação como o “caos” e sublinhando que cerca de uma centena de enfermeiros pediram escusa de responsabilidade nas últimas semanas por exaustão. Rosa Franco, do sindicato dos trabalhadores em funções públicas, reforçou que a falta de pessoal afeta todos os setores, com muitos auxiliares a fazerem turnos de 16 horas. A greve surge como um alerta para a insustentabilidade do sistema, que opera com uma “manta já curta” para a população residente e que se torna manifestamente insuficiente para a afluência turística do verão.

Médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde no Algarve em greve a 07 de agosto