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Local July 30, 2025

Profissionais de saúde do Algarve avançam com greve em pleno verão

Sindicatos representativos de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde convocaram uma greve de 24 horas no Algarve para 7 de agosto, como forma de protesto contra a falta de pessoal e a degradação das condições de trabalho. A paralisação constitui um aviso significativo sobre a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) numa região que vê a sua população triplicar durante a época balnear.

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A greve abrange todos os profissionais do SNS na região e visa exigir medidas governamentais para a fixação de trabalhadores. André Gomes, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, declarou que “os utentes precisam é de médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes técnicos”, criticando o que considera ser “maquilhagem” para os problemas estruturais. A falta de habitação a preços acessíveis é um dos principais entraves à fixação de profissionais. Alda Pereira, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, estima que faltem cerca de 1.500 enfermeiros na região, descrevendo a situação como o “caos” e sublinhando que cerca de uma centena de enfermeiros pediram escusa de responsabilidade nas últimas semanas por exaustão. Rosa Franco, do sindicato dos trabalhadores em funções públicas, reforçou que a falta de pessoal afeta todos os setores, com muitos auxiliares a fazerem turnos de 16 horas. A greve surge como um alerta para a insustentabilidade do sistema, que opera com uma “manta já curta” para a população residente e que se torna manifestamente insuficiente para a afluência turística do verão.

ai briefingEm resumo
A greve na saúde do Algarve representa um sério alerta público sobre a insustentabilidade do SNS na região, exacerbada pela sazonalidade turística, pressionando o Governo a adotar medidas urgentes para a fixação de profissionais e a melhoria das condições de trabalho.

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