As chamas, impulsionadas por ventos fortes e erráticos, obrigaram ao confinamento da aldeia de Vila Viçosa e ameaçaram outras povoações como Gondra e São Pedro do Paraíso. A presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, descreveu um cenário de "muitos danos em habitações", embora sem registo de perda de casas de primeira habitação, e sublinhou a necessidade de uma "avaliação exaustiva" dos prejuízos.
A autarca espera que o Governo avance com compensações para as comunidades afetadas, afirmando que é preciso dar "um sinal de esperança e um sinal positivo a estas populações do Interior que constantemente estão a ser fustigadas por estes incêndios". Um dos maiores impactos foi a destruição de centenas de metros dos Passadiços do Paiva, uma infraestrutura turística vital para a economia local, que já tinha sido atingida por incêndios em anos anteriores.
A autarquia anunciou que irá estudar medidas inovadoras para proteger a estrutura no futuro.
A Polícia Judiciária deteve uma mulher de 56 anos, suspeita de ter ateado o fogo "com recurso a chama direta, alegadamente num quadro de consumo de bebidas alóolicas".
O combate ao incêndio foi dificultado pela orografia do terreno e pela fraca visibilidade causada pelo fumo, que impediu a atuação contínua dos meios aéreos.