Incêndios em Nisa e Penamacor obrigam a evacuar aldeias e causam elevados prejuízos

Incêndios de grande dimensão nos concelhos de Nisa e Penamacor consumiram milhares de hectares de floresta e mato, obrigando à evacuação de várias aldeias como medida de precaução. As chamas destruíram infraestruturas agrícolas e pelo menos uma habitação, resultando ainda num bombeiro ferido durante as operações de combate.

Em Nisa, o fogo que deflagrou na terça-feira na serra de São Miguel consumiu uma área estimada em mil hectares. As autoridades evacuaram as aldeias de Pé da Serra e São Simão, e parcialmente a aldeia de Vinagra, onde uma mulher ficou desalojada e arderam duas viaturas e um casão agrícola.

A presidente do município, Idalina Trindade, confirmou que os habitantes puderam regressar a casa no início da noite, após a situação evoluir favoravelmente.

Um bombeiro sofreu ferimentos ligeiros durante o combate.

No concelho de Penamacor, o incêndio que começou na segunda-feira alastrou a Idanha-a-Nova, queimando cerca de 3.000 hectares. O autarca de Penamacor, António Luís Beites, lamentou os "prejuízos muito avultados, nomeadamente no setor agrícola e florestal".

Ardeu uma casa de primeira habitação, em madeira, na freguesia de Bemposta, além de vários barracões e palheiros com bens alimentares para animais. Ambos os incêndios foram dados como dominados, mas as operações de rescaldo e vigilância mantiveram-se no terreno com centenas de operacionais para evitar reacendimentos.

Em resumo

Os incêndios em Nisa e Penamacor evidenciaram a vulnerabilidade das regiões do interior, causando perdas materiais e agrícolas significativas e forçando o deslocamento temporário de residentes. A resposta das autoridades conseguiu proteger a maioria das habitações, mas a destruição de património florestal e agrícola foi extensa.