Fogo em Arouca dominado após quatro dias de combate
O incêndio que deflagrou na segunda-feira em Arouca foi dado como dominado na manhã de sexta-feira, após quatro dias de combate intenso que mobilizaram centenas de operacionais. O fogo, que alastrou aos concelhos vizinhos de Castelo de Paiva e Cinfães, consumiu uma área estimada em mais de 4.500 hectares e teve um perímetro superior a 48 quilómetros. Apesar de dominado, as autoridades mantêm um dispositivo de vigilância no terreno para operações de rescaldo e para prevenir reacendimentos, que continuam a ser uma preocupação devido à vasta área ardida e à orografia do terreno.
O comandante Hugo Santos, da Proteção Civil, afirmou que, embora a situação esteja estabilizada, “há sempre aqui potencial para reativações que podem ser fortes”.
O incêndio causou danos significativos, incluindo a destruição de uma casa devoluta, anexos agrícolas e parte dos Passadiços do Paiva, uma infraestrutura turística crucial para a economia local. A presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, já anunciou que vai estudar “uma medida inovadora” para proteger os passadiços de futuros incêndios e espera compensações do Governo para a população afetada. Durante as operações, uma mulher de 56 anos foi detida pela Polícia Judiciária por suspeita de ter ateado o fogo, alegadamente num quadro de consumo de bebidas alcoólicas.
Em resumoApós dias de combate intenso, o incêndio de Arouca foi dominado, mas deixou um rasto de destruição significativo, com milhares de hectares ardidos e danos em infraestruturas importantes, permanecendo o risco de reacendimentos.
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