Esta iniciativa de saúde pública visa combater a elevada mortalidade associada à doença, que é o quarto tumor maligno mais comum em Portugal, com cerca de 4.000 mortes anuais. O subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos, esclareceu que “não é um rastreio para toda a população de uma faixa etária, [...] é para uma população de risco”. Os critérios para elegibilidade são rigorosos: ter entre 55 e 74 anos, ser fumador ou ter deixado de fumar há menos de 10 anos, e ter um historial de consumo de pelo menos “um maço por dia durante 20 anos”. O rastreio será realizado através de uma Tomografia Axial Computorizada (TAC) de tórax de baixa dose. Os projetos-piloto serão implementados na Unidade Local de Saúde (ULS) de Santo António, no Porto, e no concelho de Cascais, numa iniciativa promovida pela autarquia local. O objetivo desta fase inicial, que deverá arrancar no próximo ano, é testar a operacionalidade do programa, nomeadamente a taxa de adesão e os recursos necessários, antes de uma eventual expansão a nível nacional.
A DGS sublinha que um dos “imperativos éticos dos rastreios” é garantir que existem meios suficientes para tratar todas as pessoas identificadas com a doença.