A iniciativa, que representa um avanço significativo na deteção precoce da doença oncológica mais mortal em Portugal, arrancará nas regiões de Lisboa e do Norte.
O subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos, esclareceu que este “não é um rastreio para toda a população de uma faixa etária”, mas sim para uma “população de risco” bem definida. Serão elegíveis pessoas que tenham fumado, em média, um maço de cigarros por dia durante 20 anos, ou que tenham deixado de fumar há menos de 10 anos.
O cancro do pulmão é o quarto tumor maligno mais comum no país, com cerca de 5.000 novos casos e 4.000 mortes anuais.
O rastreio será realizado através de uma Tomografia Axial Computorizada (TAC) de tórax de baixa dose. Os participantes com resultado negativo serão reavaliados anualmente, enquanto os casos positivos serão encaminhados para uma consulta de especialidade no prazo de 30 dias. Dois projetos-piloto estão já em andamento: um na Unidade Local de Saúde (ULS) de Santo António, no Porto, e outro no concelho de Cascais, promovido pela autarquia.
A implementação destes projetos permitirá testar a operacionalidade do programa antes de uma eventual expansão a nível nacional.