A situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio levou várias localidades a cancelar ou alterar os seus tradicionais espetáculos de fogo de artifício, como medida de precaução para garantir a segurança pública. Em Terras de Bouro, a Câmara Municipal cancelou todas as sessões de fogo previstas para as festas concelhias, uma decisão tomada com “sentido de responsabilidade e segurança” face aos incêndios que assolam o Parque Nacional da Peneda-Gerês. Na mesma linha, a Comissão de Festas em honra de Nossa Senhora da Paz, em local não especificado, cancelou o seu espetáculo de fogo de artifício, seguindo “as orientações das autoridades competentes” para “garantir a segurança de todos e a preservação do nosso património natural”.
A organização prometeu anunciar uma nova data assim que possível.
Uma abordagem diferente foi adotada em Marinhais, Salvaterra de Magos, onde a organização das festas decidiu antecipar o espetáculo de fogo de artifício em uma hora, para as 23h30 de sábado, de modo a evitar a proibição que entrava em vigor à meia-noite com a situação de alerta.
Esta decisão gerou controvérsia e críticas nas redes sociais, com comentários como “noção procura-se” e “chico espertismo à portuguesa”.
Em Pinhel, a interdição de fogo de artifício durante as festas já é uma tradição, implementada há vários anos pelo município, como acontece nas Festas de São Bartolomeu na aldeia de Roque.
Em resumoA elevada perigosidade de incêndio levou a diferentes reações locais: enquanto algumas autarquias e comissões de festas optaram pelo cancelamento total dos espetáculos pirotécnicos, outras, como a de Marinhais, contornaram as restrições, gerando polémica. As decisões refletem um conflito entre a tradição festiva e a crescente necessidade de medidas preventivas rigorosas.
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