Polémica em Marinhais por Fogo de Artifício Lançado Antes do Início do Alerta Nacional
A decisão de antecipar o espetáculo de fogo de artifício nas festas de Marinhais, no concelho de Salvaterra de Magos, gerou uma forte polémica e resultou em cinco focos de incêndio. A organização contornou a proibição governamental, que entrava em vigor à meia-noite, ao adiantar o lançamento para as 23h30 de sábado. A antecipação foi justificada pela Comissão de Festas como uma forma de evitar o cancelamento do espetáculo, uma vez que a Situação de Alerta decretada pelo Governo proibia expressamente o uso de pirotecnia. A decisão, comunicada nas redes sociais, foi alvo de inúmeras críticas por parte de cidadãos que a consideraram um ato de "chico espertismo à portuguesa" e uma "verdadeira vergonha" perante o elevado risco de incêndio no país. Após o espetáculo, o comando Sub-regional da Lezíria do Tejo confirmou a ocorrência de cinco focos de incêndio no perímetro do lançamento, que foram prontamente extintos pelos bombeiros de Salvaterra de Magos que estavam mobilizados para o evento.
Apesar do incidente e da controvérsia, as autoridades locais defenderam a decisão. O presidente da Câmara de Salvaterra de Magos elogiou o "rigoroso cumprimento das condições dos pareceres da Proteção Civil", e a vice-presidente da Junta de Freguesia de Marinhais, Honorina Pinto, assegurou que "tudo foi feito dentro da legalidade" e que a "tradição é para manter", afirmando que não se arrepende da decisão.
Em resumoA antecipação do fogo de artifício em Marinhais, para contornar as restrições da Situação de Alerta, resultou em focos de incêndio e numa acesa polémica. O caso expôs o conflito entre a manutenção de tradições populares e a obediência a alertas de segurança nacional em períodos de risco extremo.
Artigos
5