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Local August 5, 2025

População Critica Combate a Incêndio Devastador no Parque Nacional da Peneda-Gerês

Um incêndio de grandes proporções que lavrou durante mais de uma semana no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) consumiu mais de 5.786 hectares de área protegida, gerando um rasto de destruição e uma onda de críticas por parte da população local. Moradores das aldeias afetadas, como Lourido e Ermida, no concelho de Ponte da Barca, lamentam que na Serra Amarela “ardeu tudo” e questionam a eficácia da estratégia de combate.

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Carlos Monteiro, residente local, afirmou que “em certos sítios, a população esteve mais perto do fogo do que os bombeiros”, criticando a aparente inação dos operacionais que, segundo ele, esperavam por ordens do comando. Esta perceção é partilhada por outros populares, que sentiram que o seu conhecimento do terreno foi desaproveitado.

O incêndio causou prejuízos avultados, com a perda de pasto para o gado, queimas de campos de cultivo e a morte de animais. O autarca de Ponte da Barca, Augusto Marinho, reconheceu os danos e a necessidade de “manter a vigilância” mesmo após o fogo ser dado como “em conclusão”. A dimensão da área ardida, confirmada por dados provisórios do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), e o descontentamento popular colocam em evidência os desafios da gestão de grandes incêndios em áreas protegidas e a necessidade de uma maior articulação com as comunidades locais.

ai briefingEm resumo
O incêndio no PNPG não só causou uma catástrofe ambiental e económica, como também expôs uma fratura entre a população e as entidades responsáveis pelo combate, levantando questões sobre a coordenação e a eficácia das operações no terreno.

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