Carlos Monteiro, residente local, afirmou que “em certos sítios, a população esteve mais perto do fogo do que os bombeiros”, criticando a aparente inação dos operacionais que, segundo ele, esperavam por ordens do comando. Esta perceção é partilhada por outros populares, que sentiram que o seu conhecimento do terreno foi desaproveitado.
O incêndio causou prejuízos avultados, com a perda de pasto para o gado, queimas de campos de cultivo e a morte de animais. O autarca de Ponte da Barca, Augusto Marinho, reconheceu os danos e a necessidade de “manter a vigilância” mesmo após o fogo ser dado como “em conclusão”. A dimensão da área ardida, confirmada por dados provisórios do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), e o descontentamento popular colocam em evidência os desafios da gestão de grandes incêndios em áreas protegidas e a necessidade de uma maior articulação com as comunidades locais.