As autoridades de saúde emitiram recomendações para a população, alertando para os riscos associados às temperaturas extremas que se preveem prolongar até meados de agosto. A intensidade da vaga de calor levou à emissão de múltiplos níveis de alerta. Pelo menos cinco distritos do Norte — Bragança, Viana do Castelo, Porto, Vila Real e Braga — estiveram sob aviso vermelho, o mais grave, devido à “persistência de valores extremamente elevados da temperatura máxima”. Outros distritos, como Viseu e Guarda, estiveram sob aviso laranja, enquanto grande parte do restante território continental esteve sob aviso amarelo.
As previsões indicaram temperaturas máximas a ultrapassar os 40 °C em diversas regiões, com Viseu a registar 43 °C e cidades como Braga e Évora a atingirem os 41 °C.
Até a Madeira viu as suas zonas montanhosas sob aviso amarelo devido ao tempo quente.
Em resposta a esta situação, as autoridades de saúde, incluindo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a Direção Executiva do SNS (DE-SNS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), divulgaram um conjunto de recomendações cruciais. Foi sublinhada a necessidade de hidratação constante, com a ingestão de pelo menos oito copos de água por dia, e de se evitarem bebidas alcoólicas.
Aconselhou-se a permanência em locais frescos e a evitar a exposição solar direta, especialmente entre as 11h00 e as 17h00.
Foi dada “especial atenção aos grupos mais vulneráveis ao calor, como as crianças, pessoas idosas, doentes crónicos, grávidas e trabalhadores com atividades no exterior”, reforçando a importância de acompanhar quem vive em isolamento.
A DGS explicou que o corpo humano responde ao calor através da redistribuição do sangue e do suor, processos que exigem cuidados redobrados para evitar a desidratação e o esforço cardíaco excessivo.