O fogo, com início na noite de sábado em Sirarelhos, Vila Real, evoluiu rapidamente com várias frentes ativas, ameaçando localidades como Mascoselo, Gontães, Currais, Pardelhas e Ermelo.
As autoridades viram-se forçadas a ordenar o confinamento de populações e a evacuar casas isoladas por precaução. O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Bruno Ferreira, descreveu a situação como preocupante, com “cerca de oito quilómetros de extensão de incêndio” e um “risco sério” para as aldeias. O seu homólogo de Vila Real, Alexandre Favaios, lamentou os “danos irreparáveis” na paisagem e biodiversidade, apelando a um reforço de meios para apoiar os bombeiros, que se encontravam “particularmente cansados”.
A dificuldade do combate foi agravada pelas “mudanças repentinas do vento” e pelos terrenos de difícil acesso.
A situação levou ao corte de várias estradas, incluindo o IP4 e a EN304.
Num dos momentos mais dramáticos, um veículo florestal de combate a incêndios dos bombeiros de Alcochete foi consumido pelas chamas, embora a equipa de cinco elementos tenha escapado ilesa. A GNR identificou um suspeito de ter ateado o fogo, respondendo aos apelos do autarca de Vila Real para que os responsáveis fossem levados “à justiça e punidos de forma exemplar”. A solidariedade da população foi notória, com voluntários a percorrer a serra de mota para distribuir bebidas e comida aos operacionais no terreno.