A queixa do MUSP alertou para o facto de as equipas estarem a trabalhar em gabinetes com temperaturas “inaceitáveis e perigosas”, que não só comprometem a saúde dos profissionais, como também “afeta negativamente a qualidade do serviço prestado à população”.
O movimento recordou que no inverno anterior já se tinha queixado do frio, tendo a resposta consistido no “ridículo envio de casacos polares — solução claramente insuficiente para um problema estrutural”. Face à persistência do problema, o MUSP exigiu a “instalação urgente de sistemas de climatização adequados”. Em resposta, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra admitiu que a unidade “não reúne as condições necessárias para garantir o conforto e segurança” e que se trata de um “problema estrutural, há muito identificado, que exige uma intervenção de fundo”. A ULS informou que está prevista uma requalificação do edifício, sob responsabilidade da Câmara Municipal de Coimbra, inserida no plano de modernização dos cuidados de saúde primários. Como “resposta transitória” e “solução de emergência” perante a atual vaga de calor, a autarquia de Coimbra procedeu à distribuição de mais de 80 ventoinhas por diversas unidades de saúde do concelho, incluindo o Centro de Saúde Norton de Matos.