A situação gerou grande apreensão na população local, que temeu pela segurança das habitações na aldeia de Favais. O fogo, que deflagrou na manhã de 8 de agosto, teve origem em três ignições distintas entre Favais e Alvadia, segundo o comandante dos bombeiros de Ribeira de Pena, António Martins.
As condições meteorológicas adversas, com “muito calor e vento forte”, aliadas à “encosta íngreme e de difíceis acessos”, dificultaram o combate inicial.
A situação levou a um rápido reforço dos meios, que atingiram os 196 operacionais, 65 viaturas e nove meios aéreos. O combate focou-se na utilização de meios aéreos devido à inacessibilidade do terreno.
A preocupação da população era palpável, com os moradores a recearem que as chamas chegassem à aldeia de Favais e a manifestarem frustração, com um popular a afirmar: “Deixaram alastrar, agora vai arder muito mais”.
A zona afetada é de grande importância para a economia local, sendo constituída por pastagens para rebanhos de cabras e vacas maronesas. Este incêndio surge num contexto de fogos recorrentes na Serra do Alvão, que já tinha sido atingida por outras ocorrências de grande dimensão nas semanas anteriores, nomeadamente nos concelhos de Vila Real, Mondim de Basto e Vila Pouca de Aguiar, onde arderam milhares de hectares. A gravidade da situação foi sublinhada pela emissão de um aviso vermelho para o distrito de Vila Real, refletindo o perigo máximo de incêndio. A resposta das autoridades foi robusta, incluindo a mobilização de máquinas de rasto para apoiar as operações no terreno.














