Vários serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia, bem como de Pediatria, em hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estiveram encerrados ou a funcionar com constrangimentos durante o fim de semana. A situação, que se tem tornado recorrente, especialmente durante os períodos de férias, é atribuída principalmente à falta de médicos especialistas para preencher as escalas de serviço, afetando a resposta a grávidas e crianças em diversas regiões do país. De acordo com os dados divulgados no portal do SNS, entre os hospitais afetados encontram-se os de Almada, Vila Franca de Xira, Barreiro, Abrantes, Aveiro, Caldas da Rainha e Setúbal.
As limitações variaram entre o encerramento total e o funcionamento em modo “referenciado”, o que significa que as urgências apenas recebiam casos encaminhados pela Linha SNS 24 ou pelo INEM.
Esta situação obrigou os utentes a procurar alternativas, muitas vezes em hospitais mais distantes.
A falta de profissionais é um problema estrutural que se agrava no verão, período em que a procura por serviços de saúde também aumenta, especialmente em zonas turísticas. As autoridades de saúde têm apelado à população para que, antes de se dirigir a uma urgência, contacte a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber a orientação adequada. Esta recomendação é particularmente relevante no âmbito do projeto-piloto para as urgências de Ginecologia e Obstetrícia, que depende deste contacto prévio para um encaminhamento eficaz das utentes.
Em resumoA falta de médicos especialistas continua a provocar o encerramento e a limitação de serviços de urgência essenciais em Portugal, como Obstetrícia e Pediatria, forçando uma reorganização da resposta do SNS e um apelo crescente para que a população utilize a linha de saúde nacional antes de procurar cuidados emergenciais.