Um incêndio de grandes dimensões que deflagrou em Alvite, no concelho de Moimenta da Beira, mobilizou um vasto dispositivo de combate e foi marcado pela ocorrência de um raro e perigoso 'tornado de fogo'. Apesar de ter entrado em fase de resolução, o fogo consumiu mais de 2.000 hectares e manteve as equipas de emergência em alerta máximo devido à complexidade do terreno e aos reacendimentos. O combate às chamas, que se iniciou na sexta-feira, foi particularmente desafiador, com mais de 400 operacionais no terreno. A situação tornou-se mais complexa durante a noite de sábado, com o fogo a ameaçar as aldeias de Semitela, Nacomba, Toitam e Carapito, onde equipas de bombeiros e da GNR foram posicionadas para proteger as populações. O Comandante de Emergência e Proteção Civil, Miguel David, descreveu a noite como “muito complexa, com muito trabalho por parte de todos os operacionais”. Um dos momentos mais impressionantes do incêndio foi a formação de um redemoinho de fogo, um fenómeno raro que ocorre quando o calor intenso e as condições atmosféricas criam um remoinho de ar que suga chamas, dificultando ainda mais as operações de combate. As imagens do fenómeno foram partilhadas nas redes sociais, ilustrando a severidade do incêndio.
Após dias de combate intenso, o incêndio foi dado como em resolução, mas as autoridades mantiveram um forte dispositivo no local para operações de rescaldo e vigilância, devido à “orografia complexa” e ao “terreno difícil”, que tornavam o trabalho “bastante moroso”.
A área ardida incluiu uma extensa zona no Parque Eólico de Leomil, evidenciando o impacto devastador do fogo nas infraestruturas e na paisagem local.
Em resumoO incêndio em Moimenta da Beira destacou-se pela sua dimensão, pela ameaça a várias aldeias e pela ocorrência de um 'tornado de fogo'. A entrada em fase de resolução foi um alívio, mas a vasta área ardida e a complexidade do rescaldo sublinham os desafios contínuos no combate a incêndios rurais em Portugal.