A rede criminosa introduzia os bivalves contaminados no mercado legal, representando um "sério risco" para a saúde pública em Portugal, Espanha, França e Itália. A investigação, que começou em abril, revelou um 'modus operandi' sofisticado: as amêijoas eram armazenadas em contentores de água para se manterem vivas e, posteriormente, introduzidas no mercado com documentação falsa para contornar as inspeções sanitárias.
O consumo destes bivalves pode causar intoxicações alimentares, gastroenterites e hepatites.
A Europol estima que, só este ano, a atividade ilegal tenha rendido 1,6 milhões de euros aos detidos, com o valor do marisco apreendido a ascender a 150 mil euros.
As autoridades acreditam que a atividade está associada ao tráfico de seres humanos, com os apanhadores, descritos como "muitas vezes imigrantes irregulares", a receberem entre um e um euro e meio por quilo de amêijoa. Os lucros do crime eram branqueados através de diversos métodos, incluindo "a compra e revenda de veículos de luxo", tendo sido apreendidos sete veículos durante a operação. Os suspeitos enfrentam acusações de crime ambiental, lavagem de dinheiro, fraude documental e crimes contra a saúde humana.














