Incêndio em Trancoso queima 8.000 hectares e provoca múltiplos feridos

Um violento incêndio rural que lavra no concelho de Trancoso, distrito da Guarda, desde sábado, já consumiu cerca de 8.000 hectares e provocou seis feridos ligeiros, três dos quais bombeiros. Adicionalmente, onze pessoas tiveram de ser assistidas no local por inalação de fumo, num cenário que levou à ativação do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil. O fogo, que teve origem na União de Freguesias de Frexes e Torres, alastrou-se rapidamente devido ao vento forte, ameaçando várias povoações como Aldeia Nova, Rio de Mel, Rio de Moinhos e Castaíde, e chegando mesmo a atingir o concelho vizinho de Fornos de Algodres. O presidente da Câmara de Trancoso, Amílcar Salvador, descreveu os prejuízos como "muito grandes, incalculáveis", referindo a destruição de explorações agrícolas, maquinaria, castanheiros, olivais, vinhas e pinhal. O autarca elogiou a intervenção da população, que foi "muito importante" no combate às chamas à entrada das povoações, evitando a perda de casas de primeira habitação. Apesar das críticas sobre a falta de meios, Amílcar Salvador assegurou que estiveram empenhados mais de 650 operacionais de 70 corporações, apoiados por mais de 200 veículos e sete meios aéreos.

O combate foi dificultado pelas condições meteorológicas adversas, com o incêndio a ficar "completamente descontrolado" em vários momentos.

A situação no terreno permanece complexa, com o trabalho dos bombeiros a decorrer favoravelmente, mas ainda com focos por dominar.

Em resumo

O incêndio em Trancoso causou uma vasta destruição, queimando 8.000 hectares de floresta e terrenos agrícolas e provocando 17 vítimas, entre feridos ligeiros e assistidos. A dimensão do fogo obrigou à ativação do Plano Municipal de Emergência, com um grande dispositivo de combate no terreno a lutar contra condições adversas para proteger as povoações ameaçadas.

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