Um incêndio que lavra na Serra do Alvão, no concelho de Vila Real, reativou-se no sábado à noite e ganhou grande dimensão no domingo, ameaçando várias aldeias e levando o autarca local a apelar urgentemente por um reforço de meios. O fogo, que começou no dia 2 de agosto em Sirarelhos, desceu a serra empurrado pelo vento forte e pelas altas temperaturas, colocando em risco as populações de Relva, Muas, Agarez, Borbela e da vila de Lordelo. A situação gerou momentos de pânico entre os habitantes, que descreveram o cenário como "um inferno" e "um filme de terror".
Por precaução, as pessoas mais idosas e vulneráveis de algumas aldeias foram retiradas das suas casas. As chamas destruíram palheiros, lojas de animais, casas devolutas e vastas áreas de pasto, deixando os criadores de gado preocupados com a alimentação dos seus animais. O presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, considerou os meios no terreno "claramente insuficientes dada a dimensão daquilo que estamos a viver" e criticou a falta de um pré-posicionamento de recursos, apesar de o distrito estar sob aviso vermelho.
O autarca chegou a sugerir que "seria útil que o Governo tivesse pedido ajuda aos seus parceiros europeus".
O combate às chamas, que entrou em fase de resolução na madrugada de segunda-feira, mobilizou centenas de operacionais, incluindo bombeiros e militares do Exército, que permaneceram no terreno em ações de consolidação e vigilância contra novas reativações.
Em resumoA reativação de um grande incêndio na Serra do Alvão colocou várias aldeias de Vila Real em perigo, resultando na evacuação de residentes e na destruição de bens e pastagens. A intensidade do fogo levou o autarca a criticar a insuficiência de meios e a apelar por um reforço urgente, enquanto a população local descrevia um cenário de "inferno".