O fogo, que deflagrou na madrugada de quarta-feira, terá tido origem numa descarga elétrica durante uma trovoada que atingiu a região Centro.
Segundo o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, a combinação de terreno acidentado com declives acentuados e vento forte dificultou significativamente as operações de combate. As chamas alastraram-se rapidamente pelas freguesias de Piódão e Pomares, obrigando as autoridades a retirar, por precaução, os habitantes de pelo menos onze aldeias, incluindo Chãs d’Égua, Foz d’Égua, Porto Silvado, Sobral Gordo e Sobral Magro.
O presidente da Junta de Freguesia do Piódão, José Lopes, relatou que, devido ao fumo e às cinzas, alguns moradores foram abrigados na igreja matriz da aldeia histórica.
O fogo estendeu-se também ao concelho vizinho de Oliveira do Hospital, onde pelo menos uma aldeia foi evacuada. A densa coluna de fumo que se formou nos vales da Serra do Açor, conforme notado pelo autarca de Pomares, Amândio Dinis, chegou a impedir a atuação dos meios aéreos, complicando ainda mais os esforços de contenção.
A GNR esteve no terreno a coordenar as evacuações, dando prioridade a idosos e pessoas com mobilidade reduzida, e a gerir os acessos rodoviários para garantir a segurança da população e das equipas de socorro.
A situação mobilizou um vasto dispositivo, com mais de 500 operacionais, apoiados por mais de 160 viaturas e múltiplos meios aéreos, refletindo a gravidade da ameaça às comunidades locais e ao património.














