O Governo português estendeu a situação de alerta para todo o território continental até ao final de sexta-feira, em resposta às previsões meteorológicas adversas que apontam para um aumento das temperaturas e tempo seco. Esta medida impõe restrições excecionais à população para mitigar o risco de ignições e a propagação de incêndios rurais. A decisão, anunciada pelo Ministério da Administração Interna e pelo primeiro-ministro, foi justificada pela persistência de condições meteorológicas que implicam um “risco muito elevado de propagação de incêndios rurais”. Além das previsões, o Governo considerou que a vigência da situação de alerta tem contribuído para uma redução no número de ignições. Como resultado, mantêm-se em vigor um conjunto de medidas de caráter excecional que afetam diretamente as atividades da população. Entre as principais proibições está o acesso, circulação e permanência no interior de espaços florestais, conforme definido nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios.
Fica também interdita a realização de queimas e queimadas, sendo suspensas todas as autorizações previamente emitidas.
Adicionalmente, são proibidos trabalhos em espaços florestais e rurais que recorram a maquinaria, como motorroçadoras com lâminas metálicas, corta-matos e destroçadores, para evitar a criação de faíscas.
A proibição estende-se ao uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos, com a suspensão das respetivas autorizações.
A GNR foi instruída a intensificar o patrulhamento e a fiscalização para garantir o cumprimento destas medidas, apelando ao contributo de todos na prevenção dos incêndios.
Em resumoFace ao elevado risco de incêndio rural potenciado pelo tempo quente e seco, o Governo prolongou a situação de alerta em todo o continente. A medida acarreta proibições estritas, incluindo o acesso a matas, a realização de queimas e o uso de maquinaria em espaços rurais, visando prevenir novas ignições e proteger a população e o património florestal durante este período crítico.