O problema, que se iniciou na tarde de segunda-feira e persistiu até ao dia seguinte, afetou a comunicação entre a central 112, gerida pela PSP, e os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), operados pelo INEM. Segundo o presidente do STEP, Rui Lázaro, a falha informática fazia com que as fichas de informação sobre as ocorrências chegassem aos CODU “vazias de informação”, sem dados essenciais como nome, morada ou a natureza da emergência.
Esta situação obrigava a uma duplicação do trabalho, com os operadores do INEM a terem de solicitar novamente todos os dados, gerando uma “demora na triagem”. Rui Lázaro denunciou que, com os CODU a funcionar “quase em serviços mínimos”, a falha resultou em “chamadas em espera” e “outras perdidas, que não foram recuperadas”, comprometendo seriamente a capacidade de resposta do sistema de emergência médica.
Embora a PSP tenha admitido uma breve interrupção para transferir os sistemas para o centro operacional do Porto enquanto resolvia um problema de refrigeração, afirmou desconhecer dificuldades na passagem das chamadas para o INEM. No entanto, o sindicato manteve a denúncia, sublinhando que o problema afetava todo o país, apesar de existir uma central no Porto, evidenciando uma vulnerabilidade crítica na infraestrutura de emergência nacional.














