Durante as operações, um popular de 57 anos foi constituído arguido pela GNR por, alegadamente, ter tentado realizar um contrafogo por iniciativa própria, uma prática ilegal e perigosa.
O fogo, que começou em Sirarelhos a 2 de agosto, estendeu-se ao concelho de Mondim de Basto e, apesar de ter sido dado como em conclusão, sofreu duas reativações que mantiveram o dispositivo de combate sob forte pressão. As chamas percorreram cerca de 14 quilómetros, passando perto de 28 aldeias e da vila de Lordelo.
O comandante das operações de socorro, David Lobato, apelou veementemente à população para não recorrer a contrafogos, explicando que tais atos apenas alimentam o incêndio e colocam os operacionais em risco.
“Eu percebo que as pessoas têm aqui algum desespero, mas isso só vai alimentar mais o incêndio, vai-nos provocar ainda mais problemas”, afirmou.
O homem foi conduzido ao posto da GNR para identificação e ficou sujeito a Termo de Identidade e Residência.
O combate ao incêndio tem sido dificultado pelas altas temperaturas, ventos erráticos e pela orografia da serra, que limita o acesso de veículos pesados, obrigando a muitas manobras apeadas.
Apesar de cerca de 80% do perímetro estar em fase de rescaldo, a frente ativa junto à aldeia de Samardã continua a ser uma preocupação, com centenas de operacionais e meios aéreos a trabalhar na sua contenção.














