A avaria, que deixou a estação "temporariamente inoperacional devido a uma avaria nas bombas que compõem o sistema de elevação", obrigou ao acionamento do sistema de descarga de emergência, resultando no despejo de esgotos no rio Lis e numa vala de rega adjacente. A AdCL garantiu que assumiria a "responsabilidade civil e ambiental" e que a avaria foi resolvida, terminando as descargas.

No entanto, o impacto foi imediato e severo.

A GNR de Leiria iniciou uma investigação, confirmando um "grave impacto na fauna e flora locais", com "evidências desse impacto com fauna morta, sobretudo peixes".

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) notificou a AdCL para instalar um sistema de retenção e acionou mecanismos sancionatórios. A Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Lis, através do seu administrador-delegado Henrique Damásio, alertou para os prejuízos na agricultura, uma vez que os agricultores ficaram "coibidos de poder regar" as suas culturas.

A associação Oikos exigiu um "rigoroso inquérito" face aos "enormes danos ambientais".

Como medida de mitigação, as autoridades decidiram abrir três açudes para aumentar o caudal do rio e ajudar na limpeza do leito.