A decisão, tomada em nome da segurança pública, reflete o impacto profundo dos fogos na vida social e económica das comunidades.

A concentração de Góis, um dos maiores eventos do género no país, foi cancelada após ordem de evacuação do recinto, onde já se encontravam milhares de motociclistas de duas dezenas de países. Nuno Bandeira, presidente do Moto Clube de Góis, justificou a decisão, tomada em articulação com a Proteção Civil, com a necessidade de "preservar a segurança dos participantes". O município de Pampilhosa da Serra também revogou todas as licenças para festas até domingo, justificando a medida com "a necessidade de concentrar todos os esforços e recursos na salvaguarda de pessoas e bens". O presidente da Câmara, Jorge Custódio, classificou a decisão como "difícil", mas tomada "em nome da segurança, da responsabilidade e do respeito para com todos os munícipes".

Em Viana do Castelo, a organização da Romaria d'Agonia cancelou os espetáculos de fogo de artifício, e adiou a Serenata, devido à situação de alerta de risco de incêndio. Estas anulações em massa demonstram a prioridade dada pelas autoridades à segurança e à gestão de recursos em momentos de crise, mesmo com o consequente impacto económico e social para as regiões.