A decisão foi anunciada pelo comandante nacional da Proteção Civil, Mário Silvestre, que a justificou com o facto de as condições climatéricas adversas durante a noite não terem permitido debelar alguns dos principais incêndios, como esperado.

Esta ativação surge após o recurso a acordos bilaterais com Espanha e Marrocos, que já tinham disponibilizado meios aéreos.

A decisão de escalar o pedido de ajuda para o nível europeu sublinha a insuficiência dos meios nacionais e bilaterais para fazer face à dimensão da crise. Mário Silvestre explicou que Portugal se tornou o sétimo país a acionar o mecanismo este ano, um indicador da severidade da época de incêndios no sul da Europa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou que o apoio "está a ser mobilizado", reiterando que "a solidariedade europeia não conhece fronteiras". O pedido de ajuda internacional reflete a complexidade da situação no terreno, marcada por incêndios de grande perímetro e comportamento errático, como o da Lousã, que percorreu 30 quilómetros em apenas três horas, tornando o combate extremamente difícil e exigindo uma capacidade de resposta reforçada que só a cooperação europeia pode garantir.