Estes incidentes, causados por problemas em sistemas de saneamento, representam um risco para a saúde pública em plena época balnear.

Na Nazaré, a interdição foi decretada pela segunda vez no mesmo mês após uma obstrução na conduta de saneamento provocar uma "escorrência de efluentes". Análises preliminares revelaram "níveis muito elevados de contaminação", levando a autarquia a não descartar a hipótese de "sabotagem".

Em Sesimbra, a Praia do Ouro foi fechada devido a valores elevados da bactéria E. coli, detetados em análises da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

O autarca local, Francisco Jesus, apontou a responsabilidade à SIMARSUL por descargas diretas para o mar.

Na Marinha Grande, a Praia da Vieira foi interditada devido a uma avaria na estação elevatória de Monte Real, que obrigou a descargas de emergência de efluentes não tratados no rio Lis, que desagua na praia.

A associação ambientalista Zero reportou que, entre maio e julho, ocorreram 17 interdições a banhos em praias do continente, a maioria por contaminação microbiológica, alertando para a necessidade de fiscalização e investimento em infraestruturas de saneamento para proteger a saúde pública e o turismo.