Este esquema engenhoso leva os automobilistas a pagar por um tempo de estacionamento que não corresponde ao registado no talão, resultando em multas inesperadas.

A nova versão da burla utiliza pequenos adaptadores metálicos ou impressos em 3D, que são inseridos no mecanismo interno do parquímetro.

Estes dispositivos permitem que as moedas passem, mas alteram o registo do valor inserido.

Consequentemente, o talão emitido apresenta menos tempo de estacionamento do que o correspondente ao montante pago.

Um caso real registado em Lisboa, relatado pelo portal Leak, descreve como um condutor pagou 2 euros e recebeu apenas 40 minutos, em vez das esperadas duas horas.

Por não conferir o talão, acabou por encontrar uma multa no veículo. A dificuldade em detetar a fraude reside no facto de a máquina funcionar aparentemente de forma normal, sem emitir erros, e a maioria dos condutores não memorizar a tarifa por minuto.

As autoridades alertam ainda para um perigo adicional: os burlões podem observar os condutores que demonstram dificuldade ou demoram mais tempo junto à máquina, aproveitando momentos de distração para roubar carteiras ou assaltar viaturas. Para prevenir esta burla, as autoridades recomendam que os condutores verifiquem sempre se o tempo impresso no talão corresponde ao valor pago e, se possível, utilizem métodos de pagamento digitais, como aplicações ou MB Way, que não são suscetíveis a manipulação física.