O incêndio que se propagou de Arganil para o concelho de Oliveira do Hospital criou uma situação de "caos", com o fogo a avançar rapidamente em direção à cidade e a reavivar as memórias da devastadora tragédia de 2017. O presidente da Câmara, José Francisco Rolo, descreveu um cenário de desespero, aludindo à falta de meios aéreos e terrestres para travar as chamas que ameaçavam o núcleo urbano. Numa declaração emotiva, o autarca afirmou que o concelho estava a viver a "eminência de uma repetição daquilo que foi os grandes incêndios de outubro de 2017", acrescentando: "De manhã, na nossa cabeça o filme estava a repetir-se". A frustração era partilhada pela população, com moradores a sentirem-se "abandonados" e a tentarem proteger as suas casas com os meios de que dispunham.
Relatos de populares descrevem o desespero vivido: "É muito complicado.
Só assistindo ou estando presente".
O fogo destruiu habitações, explorações agrícolas e bens pessoais, como no caso de um residente que perdeu tudo, mas conseguiu salvar os seus animais, um episódio descrito como um "milagre".
A solidariedade manifestou-se através de iniciativas como a da organização Intervenção e Resgate Animal (IRA), que se mobilizou para angariar fundos para uma casa pré-fabricada para este morador.
A situação levou à evacuação de empreendimentos turísticos e ao cancelamento de reservas, impactando a economia local. Apesar de o incêndio ter sido dado como dominado, o autarca manteve o pedido de meios aéreos para consolidar o rescaldo e evitar reacendimentos numa área muito vasta e de acessos difíceis.
Em resumoO alastramento do fogo a Oliveira do Hospital provocou uma situação caótica, com o autarca a denunciar falta de meios e a população a reviver o trauma de 2017. O incêndio destruiu casas e bens, forçou evacuações e gerou um forte sentimento de abandono, apesar de ter sido posteriormente dominado, mantendo-se a preocupação com reacendimentos.