As autoridades emitiram alertas à população, desaconselhando a rega, a pesca e os banhos no rio, e interditaram a Praia da Vieira, na Marinha Grande, onde o Lis desagua.

A avaria, registada a 12 de agosto na estação elevatória da Águas do Centro Litoral (AdCL), levou à ativação do sistema de descarga de emergência, libertando para o rio um volume estimado entre 20 e 25 mil metros cúbicos de esgoto bruto.

O presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado, classificou o acidente como "grave, com implicações graves".

Em resposta, o Município de Leiria desaconselhou atividades no troço do rio a jusante de Monte Real, e a Praia da Vieira foi interditada a banhos, medida que já foi levantada. Foi criada uma comissão de acompanhamento para avaliar os impactos e a AdCL comprometeu-se a assumir as responsabilidades. Alexandre Tavares, presidente da AdCL, afirmou que a empresa "atuou de acordo com as melhores práticas" e que não era expectável a falha simultânea de duas bombas. A situação levou cerca de 50 voluntários a mobilizarem-se para retirar centenas de peixes mortos do rio, numa ação que o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, considerou que deveria ter sido assumida pela empresa responsável.