Em Seia, a situação é particularmente preocupante, com frentes ativas que, embora não ameacem diretamente as populações, lavram com intensidade. Considerado o incêndio mais prolongado e com maior área ardida do ano, o fogo que começou no Piódão, em Arganil, a 13 de agosto, já consumiu mais de 57 mil hectares e estendeu-se a uma vasta região que inclui Seia, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Castelo Branco, Covilhã e Fundão. A dimensão da ocorrência motivou uma mobilização massiva, com cerca de 1.564 operacionais no terreno, apoiados por centenas de meios terrestres e aéreos.

Embora o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, tenha assegurado que no seu concelho o fogo já não se encontrava ativo, a situação em Seia permanecia complexa. O presidente da Câmara de Seia, Luciano Ribeiro, e o presidente da junta de Alvoco da Serra, Carlos Marques, confirmaram a existência de frentes ativas, descrevendo a situação como "muito complicada". Uma das frentes lavrava numa zona de mato inacessível entre a Portela da Selada e a Torre, dificultando o combate apeado.

A outra frente, em Alvoco da Serra, progredia pelos flancos da montanha. Apesar da intensidade, ambos os autarcas garantiram que "não há aldeias em risco", tendo sido realizadas manobras de defesa dos perímetros populacionais.

Carlos Marques expressou a esperança de que a situação pudesse ficar resolvida até ao final do dia, "quando possivelmente deixará de existir combustível para queimar".