As autarquias enfrentam custos elevados de limpeza, enquanto os setores das pescas e do turismo alertam para os graves prejuízos económicos e ambientais. Originária do Pacífico, esta espécie tem vindo a colonizar os fundos marinhos da costa portuguesa, sendo posteriormente arrastada para os areais, onde forma extensos tapetes escuros que libertam um odor intenso e atraem insetos.
O impacto no turismo é severo, com banhistas a abandonarem as praias afetadas e a partilharem imagens negativas nas redes sociais, o que pode afastar potenciais visitantes.
A bióloga Ester Serrão, da Universidade do Algarve, alertou que, sem a ação de remoção por parte das autarquias, o impacto poderia ser “uma catástrofe total” para o turismo.
O setor das pescas também sofre as consequências, com as redes a ficarem sobrecarregadas com toneladas de algas em vez de peixe, tornando a atividade insustentável em algumas zonas. Os municípios, como o de Cascais, onde já foram recolhidas mais de 850 toneladas este ano, enfrentam custos extraordinários de limpeza na ordem das dezenas de milhares de euros. Perante a dimensão do problema, entidades como o Observatório Marinho do Algarve estão a monitorizar a situação e a preparar um plano de ação, enquanto o Partido Socialista já apresentou um projeto de resolução na Assembleia da República para apoiar a investigação e financiar a limpeza das praias.













