Segundo o diretor da PJ do Centro, Avelino Lima, a rede utilizava identidades falsas em redes sociais como o Facebook e o WhatsApp para interagir com as vítimas.
Os suspeitos convenciam os alvos a partilhar imagens e vídeos de cariz íntimo e sexual.
De posse desses conteúdos, avançavam para a extorsão, ameaçando divulgar o material junto de familiares, amigos e contactos profissionais caso não recebessem elevadas quantias monetárias.
"As vítimas incautas acreditavam que estavam numa interação legítima (...) e acabavam por expor-se", explicou Avelino Lima.
A extorsão era agravada, com os valores a aumentarem progressivamente; uma das vítimas terá pago perto de 200 mil euros.
A investigação, que começou em fevereiro em Coimbra, culminou na detenção de cinco homens e duas mulheres, com idades entre os 20 e 46 anos, em Albufeira, Almada, Aveiro, Moita, Montijo, Setúbal e Sintra. Foi ainda detida no Aeroporto de Lisboa uma mulher de 40 anos, titular de contas bancárias onde eram depositados os montantes, sendo que apenas uma dessas contas movimentou mais de meio milhão de euros. A PJ acredita que o número de vítimas e de elementos da rede possa aumentar, alertando para os perigos da exposição íntima online.













