A rápida mobilização de meios evitou uma catástrofe maior, mas o incidente destruiu habitações e reacendeu o debate sobre a prevenção e a vigilância na região.
No sábado, dois incêndios deflagraram com pouca diferença de tempo nas freguesias de Pedrógão Grande e da Graça, evoluindo rapidamente e sendo geridos como uma ocorrência única.
Por precaução, as aldeias de Marroquil, Torneira, Romão, Agria e Sobreiro foram evacuadas.
O presidente da Câmara, António Lopes, expressou "muita preocupação" com a situação, destacando que o concelho já registou 18 ignições desde o início do ano, algumas de madrugada, o que levanta suspeitas de mão criminosa.
O autarca exigiu "uma maior vigilância" e um reforço da investigação por parte das autoridades. O balanço provisório aponta para a destruição de duas casas de madeira, uma das quais habitada por uma mulher e três crianças, que ficaram desalojadas e estão a ser acompanhadas pelos serviços da Segurança Social. O bombeiro Rui Rosinha, considerado um dos heróis de 2017, salientou que a diferença desta vez esteve na "rapidez e na quantidade de meios enviados para o terreno", o que permitiu controlar a situação. O incidente ocorre num contexto em que a reconstrução de casas ardidas em 2017 esteve suspensa por falta de pagamento do Fundo Revita, um problema que, segundo autarcas da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, só foi regularizado recentemente após pressão política.













