As autoridades emitiram alertas amarelos e apelos à prudência, com várias praias a serem interditadas.

A agitação marítima, descrita como invulgar para esta época do ano, colocou dez distritos do litoral sob aviso amarelo, com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a prever ondas que poderiam atingir entre quatro a sete metros de altura. O impacto fez-se sentir de norte a sul do país, com consequências visíveis em diversas zonas balneares.

No Algarve, a Praia de Faro viu os seus passadiços de madeira serem destruídos pela força do mar. Na Póvoa de Varzim, um bar de praia sofreu danos significativos na sua esplanada. Na Costa da Caparica, a água invadiu o areal, arrastando espreguiçadeiras e pequenas estruturas de apoio. Um dos momentos de maior tensão ocorreu na Figueira da Foz, onde vários banhistas na Praia do Cabedelo foram arrastados por uma onda, tendo a intervenção rápida dos nadadores-salvadores evitado uma tragédia.

Apesar dos múltiplos avisos emitidos pela Autoridade Marítima Nacional e pela Proteção Civil, que apelavam para que se evitasse a proximidade da orla costeira, muitos cidadãos, incluindo turistas, arriscaram, aproximando-se perigosamente da rebentação para fotografar o fenómeno, como se verificou na Boca do Inferno, em Cascais.

O incidente mais grave foi o desaparecimento de um homem no mar na Praia da Parede.

Este evento sublinha a vulnerabilidade das infraestruturas costeiras e a importância de uma resposta cívica adequada aos alertas das autoridades para prevenir acidentes graves.