A situação crítica levou a população, especialmente os mais idosos, a recorrer a fontes públicas para suprir as necessidades básicas.
A falta de água durante os meses de maior calor é um problema crónico na região, atribuído ao aumento da população sazonal e à redução do caudal das nascentes que abastecem as localidades.
No entanto, o grande incêndio que deflagrou em Arganil e se alastrou a Seia tornou a situação insustentável.
O presidente da Junta de Freguesia, Belarmino Marques, confirmou que o fogo danificou tubagens antigas que estavam expostas, deixando algumas aldeias, como Vasco Esteves de Baixo, completamente sem água.
O alerta é corroborado pelos residentes, que descrevem um "mês terrível".
Carla Santos, presidente da mesa de assembleia da Liga dos Amigos de Vasco Esteves de Baixo, relatou que a sua sogra "só teve água na torneira durante três dias" em todo o mês de agosto. Este cenário de privação de um bem essencial representa um grave aviso sobre a vulnerabilidade das infraestruturas rurais, que, para além de obsoletas, se mostram incapazes de resistir a eventos climáticos extremos como os incêndios. A junta de freguesia, com o apoio da Câmara de Seia, está a tentar reparar a rede, mas a situação evidencia uma falha sistémica que afeta profundamente o quotidiano e a segurança da comunidade.













